O que aconteceu em 13 de maio?
Essa data faz alusão ao fim da escravidão. No Brasil, a escravidão era um item indispensável da economia brasileira, sendo importante atuante da produção do país, principalmente nas práticas agrícolas, mas também atuavam em afazeres domésticos, principalmente as mulheres e idosos. Ao longo do século XIX, o sistema escravocrata já não era mais bem visto mundialmente, pressionando o Brasil pelas demais potências, principalmente, pela Inglaterra. Além disso, revoltas internas também foram eclodindo, como também, movimentos aboliscionistas liderados, principalmente, por escritores e jornalistas. Até a abolição definitiva, diversas leis foram aprovadas, mas não colocadas em práticas de fato. Conhecidas de forma geral como leis aboliscionistas, começaram em meados do século XIX, sendo elas:
- Lei Feijó (1831): foi a primeira tentativa de proibir o tráfico negreiro, mas falhou miseralvelmente, devido, principalmente, pela "vista grossa" das autoridades. Foi uma medida tomada pela pressão que o Brasil estava sofrendo, pois havia se comprometido no Congresso de Viena (1815) e em acordos com a Inglaterra. Ficou conhecida como "lei para inglês ver", que hoje é um ditado popular, para se referir a algo que não vai acontecer de fato.
- Lei Eusébio de Queirós (1850): proibiu efetivamente o tráfico negreiro, ao contrário da Lei Feijó. Após isso, aumentou o tráfico interno, já que não chegavam mais escravizados em grande escala.
- Lei do Ventre Livre (1871): declarava que os filhos de escravizadas nascidos a partir de 28 de setembro de 1871, data de promulgação da lei, eram considerados livres. No entanto, esses filhos podiam continuar sob a tutela dos senhores de suas mães até os 8 anos de idade. Após a idade estabelecida, os senhores poderiam libertar a criança e ganhar uma indenização do governo ou mantê-la como "aprendiz" até os 21 anos. A lei também criou um Fundo de Emancipação, destinado a comprar alforrias de escravizados, mas funcionou de maneira limitada. Na prática, esta lei também não foi efetiva. A principal rua de Venâncio Aires, a Osvaldo Aranha, chamou-se primeiramente, 28 de setembro, em relação à esta lei. Esta data também é o "Dia da Mãe Preta".
- Lei do Sexagenários (1885): chamada oficialmente de "Lei Saraiva-Cotegipe", determinava que escravizados com 60 anos ou mais fossem libertos. No entanto, várias restrições foram emitidas junto à esta lei. Os libertos deveriam trabalhar por mais três anos como "compensação" aos antigos donos antes de saírem definitivamente. Além disso, os escravos libertados não recebiam terras, trabalho ou assistência, sendo jogados à própria sorte. Na prática, a elite agrária usou a lei para se livrar de escravizados idosos, que já não tinham tanta força para o trabalho, sem precisar garantir sustento a eles. Outro ponto a ser ressaltado, é que,a maioria dos escravizados nem sequer chegavam aos 60 anos de idade, restringindo ainda mais essa possibilidade de libertação.
- Lei Áurea (1888): assinada em 13 de maio, declarava definitivamente a liberdade ao escravos, assinado pela Princesa Isabel, filha do então Imperador, D. Pedro II. Com isso, o Brasil foi o último país americano a abolir a escravidão, sendo também um dos últimos do mundo. trouxe consequências negativas ao Império, pois foi considerada como um dano à economia e aos proprietários agrícolas, que inclusive, não foram indenizados após essa "perda" e gerou mais insatisfação. A Lei Áurea é um dos principais fatores que resultou na queda da monarquia, em 1889.
Rua 13 de Maio
Como as demais ruas que estão ao seu lado, possui mais de um trecho. Um na Coronel Brito, entre as ruas Vereador Renato Pilz e Paul Harris. Outro partindo da Emílio Selbach até a rua Wilma Helena Kunz, no bairro Aviação. Uma via genuinamente residencial, possui um movimento sereno, em seus extremos, já no centro este movimento aumenta razoavelmente, mas em suma, é uma rua tranquila vestida, principalmente de paralelepípedos.