Composteira doméstica: uma solução barata e eficiente para os resíduos orgânicos

Inicialmente os alunos realizaram uma enquete com algumas turmas, com a intenção de levantar informações de como as famílias da escola tratam o seu lixo doméstico. Eles perceberam que o problema dos resíduos não está em separar, pois as famílias são conscientes em realizar esse processo nas casas; porém observaram que o destino desses resíduos é o aterro sanitário, processo esse que precisava ser revertido.

Ao conhecerem o funcionamento de uma composteira, realizaram pesquisas sobre o processo de compostagem e também acompanharam o funcionário da escola, Maurício Leandro da Silva, no manejo com a composteira, tirando dúvidas e aprimorando seus conhecimentos. E, para testar a eficiência do adubo produzido pela composteira da escola, a turma realizou uma experiência. Os alunos plantaram dois pés de alface, um em terra normal disponível no pátio e outro no composto retirado da composteira. Durante dias, observaram as mudas de alface e perceberam a diferença significativa no crescimento. A alface plantada com o adubo cresce em ritmo mais rápido comparada a outra.

^{Crédito:  Gabriela Vedoy Flores}

Durante as atividades, a turma descobriu através da mãe de uma aluna, que o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) mantém uma composteira comunitária no pátio do estabelecimento, onde os funcionários podem descartar todos os resíduos orgânicos produzidos por eles. Os educandos ficaram interessados em saber como funcionava, então realizaram uma saída de campo até o STR para conhecer e conversar com o responsável pela composteira, Gilmar de Oliveira. Lá observaram, questionaram, dialogaram e tiraram dúvidas sobre o processo de compostagem realizado naquela composteira.

^{Crédito:  Gabriela Vedoy Flores}

Para ter sucesso a prática da compostagem na turma, as famílias que ainda não tinham composteira, receberam o desafio de construir e de praticar a compostagem em casa, pois todos haviam voltado entusiasmados com o que viram no STR e já sabiam como cuidar de uma composteira. Assim começaram a praticar a compostagem junto com as famílias. Hoje grande parte dos alunos do 4° ano tarde mantém o hábito de realizar a compostagem em casa, assim ajudando o meio ambiente e evitando que os resíduos orgânicos sejam levados ao aterro sanitário.

Realizando a prática da compostagem, a turma estimou que estaria evitando que em torno de 1,8 mil quilos de resíduos orgânicos, ao ano, deixasse de ir para o aterro sanitário e fosse transformado em adubo. Em média, cada composteira tem capacidade de receber 50 quilos de resíduos orgânicos em um período de seis meses.

CURIOSIDADES:

Durante a realização das atividades os alunos tiveram acesso à algumas informações importantes que contribuíram com a prática da compostagem:

• Sacola biodegradável: produzida a partir do amido da mandioca, essa sacola pode ser colocada nas composteiras, onde em um período de até seis meses terá se misturado ao composto orgânico.
• Lixo: Venâncio Aires produz cerca de 800 toneladas de lixo por mês, sendo 40% de rejeito que são levados ao aterro sanitário.
• Adubo: o húmus que é o resultado do composto e o chorume que é o líquido retirado da composteira, são excelentes adubos orgânicos, podendo ser aproveitados em plantas, hortas, jardins…
• Composteira de balde: A secretaria do meio ambiente distribuiu mais de 2.000 composteiras de balde.

DEPOIMENTOS:

A Dona Leni, mãe da professora Gabriela da turma do 4° ano, foi uma das contempladas com a distribuição das composteiras de balde, realizada pela Secretaria de Meio Ambiente do município. "Eu fiquei muito feliz quando recebi a composteira, pois já sabia do excelente adubo que poderia produzir em casa" relata a mãe da professora. Na casa de Leni, como não havia muito espaço no terreno, a composteira de balde foi uma excelente alternativa para praticar a compostagem. Em uma vídeochamada realizada com a turma, ela disse que tem por Hobbie cultivar plantas, e adora produzir o seu próprio adubo orgânico a partir da composteira. Exemplo esse que evita que os resíduos orgânicos sejam levados pelo caminhão.

^{Crédito:  Gabriela Vedoy Flores}

Aline que é mãe da aluna Júlia do 4° ano da Tarde, relatou como foi pra família estar envolvidos com a prática da compostagem. Ela diz "eu achei muito legal e criativo essa prática da compostagem. Aqui em casa já faz muitos anos que temos uma composteira de chão, onde colocamos os resíduos orgânicos e usamos o composto produzido nas flores, plantas e horta." Com o projeto a família aprendeu a cuidar ainda melhor da composteira e a separar certo os resíduos orgânicos, como o que pode e o que não pode ir na composteira. Aline diz que "é uma ideia muito bacana e é uma ótima solução para reduzir o volume de resíduos orgânicos"

^{Crédito:  Júlia Winck}

FIQUE SABENDO!

Existem diversos modelos de composteira, para qualquer espaço nas residências, mas as mais conhecidas são a de balde que podem ser usadas em apartamentos, pois não ocupam espaço e é possível coletar o chorume. As composteiras de chão onde a compostagem é diretamente no solo, são feitos buracos na terra e devem ser intercalado resíduos orgânicos com camada de terra e folhas secas e para quem tem espaço e quer produzir em maior quantidade, existe a possibilidade de composteira em pallet, onde o volume do composto é maior.

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Produzido por alunos de 4º ano do Ensino Fundamental da Emef Professora Odila Rosa Scherer, este texto é uma das três produções vencedoras no desafio Responsabilidade Ambiental por Toda Parte, promovido pela Folha do Mate e o portal Venâncio na História, com apoio das empresas Alliance One Brasil e America Tampas. O desafio, que contou com a participação de 20 turmas de escolas públicas e privadas de Venâncio Aires, teve o objetivo de mobilizar os alunos a identificarem e registrarem boas práticas ambientais na sua comunidade escolar.