Folha do Mate, o jornal parceiro da comunidade

A Folha do Mate é o principal jornal de Venâncio Aires. Em 2022, o veículo de comunicação completa meio século de história. Desde 1972, os fatos mais importantes sobre o município são registrados nas páginas da Folha do Mate, que tem uma forte identificação com o município.

Há até uma frase que diz que “só é venâncio-airense de verdade quem já saiu pelo menos uma vez na Folha do Mate”. Brincadeira à parte, abrir espaço para as pessoas da comunidade faz parte do objetivo da empresa.

Com o slogan 'Parceria com a comunidade', o jornal busca contribuir com o desenvolvimento da região, a partir da divulgação de notícias, além de promover projetos e ações. Desde 2012, a empresa tem como missão institucional 'Informar e desenvolver com cidadania'.

O nome do jornal é uma homenagem à bebida símbolo do Rio Grande do Sul e o fato de Venâncio Aires ser a Capital Nacional do Chimarrão. Afinal, a erva-mate é o principal ingrediente do chimarrão. Além disso, para muitas pessoas, é uma tradição ler o jornal enquanto bebe chimarrão.

O início

Toda essa história começou a partir da ideia de quatro amigos: Walter Kuhn, Lauro Uhry, Astor José Reckziegel e Lindor Lauro Müller. Eles fundaram a Folha do Mate no dia 6 de outubro de 1972. No primeiro momento, as atividades da empresa foram realizadas em duas salas cedidas pela Paróquia São Sebastião Mártir, onde depois foi construído o Centro de Pastoral.

A primeira edição do jornal teve seis páginas e foi feita com muito esforço a partir dos conhecimentos que os fundadores tinham. Eles trabalhavam na Rádio Venâncio Aires naquela época e cada um era responsável por um setor de notícias.

Walter Kuhn foi quem teve a ideia de criar um jornal em Venâncio Aires. Além de ter experiência em rádio, ele trabalhava no jornal O Alto Taquari, de Lajeado. A partir disso, trouxe a ideia de abrir um jornal em Venâncio.    

Em 1977, Asuir João Silberschlag (foto) adquiriu parte da empresa e em 1983 adquiriu o restante, quando o sobrinho dele, Sérgio Luiz Klafke, que já atuava no jornal, também passou a integrar a sociedade. O filho mais jovem de Asuir, Ricardo Mateus Silberschlag, também se tornou sócio, em 1996. Em 2001, assumiu a direção administrativa do jornal.

Atualmente, a Folha do Mate tem cerca de 50 funcionários, incluindo os profissionais da Redação, que produzem as notícias; os colaboradores do Administrativo, setor Comercial, da Recepção, do setor de Assinaturas e de Circulação – os responsáveis por entregar o jornal e fazer com que ele chegue cedinho na casa de todos os assinantes.

A Folha do Mate tem edições três vezes por semana: nas terças e quintas-feiras e aos sábados. Além de Venâncio Aires, o jornal é entregue nos municípios vizinhos de Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde.

A evolução da tecnologia para fazer o jornal

Você deve imaginar que, quando a Folha do Mate começou, meio século atrás, os equipamentos eram muito diferentes. Não havia computador, celular e muito menos internet. Todo o trabalho era muito manual. Os textos eram datilografados na máquina de escrever, em laudas. Após, eram copiados em máquina de escrever elétrica, impressos em tiras de papel, que depois eram recortadas para serem coladas nas páginas de papel. A tesoura era um instrumento de trabalho indispensável!

Além disso, nesse primeiro tempo, a equipe recortava letras de revistas para formar as manchetes e os anúncios. Já pensou quanto tempo demorava para fazer um jornal?

  

Aos poucos, a evolução da tecnologia mudou a forma de fazer jornal e facilitou os processos. A primeira grande transformação foi quando passaram a ser utilizados computadores. Isso aconteceu na Folha do Mate em 1992. Além dos textos que deixaram de ser feitos na máquina de escrever para serem digitados no computador, a diagramação do jornal também passou a ser digital. O computador se tornou um instrumento de trabalho indispensável. A Folha do Mate foi um dos primeiros jornais do interior do Rio Grande do Sul a usar esse sistema.

Outra grande evolução na história do Jornal Folha do Mate foi na fotografia, com a chegada das câmeras digitais. A empresa começou a utilizar os equipamentos em 2000. Antes disso, as máquinas fotográficas mecânicas utilizavam filme para captar imagens, que tinham que ser revelados em papel. A qualidade da imagem – e se ela tinha dado certo – só era possível ser confirmada quando a foto era revelada. Você já viu uma câmera dessas?

 

Ao longo do tempo, também houve diversas mudanças no projeto gráfico do jornal: os tipos e tamanho de fonte, o layout das páginas e até mesmo o uso de imagens coloridas. Por muito tempo, o jornal foi todo preto e branco. O uso da cor nas capas e algumas páginas internas começou a partir da edição de 11 de maio de 2001. O jornal passou a ser todo colorido no dia 8 de junho de 2017.

Da mesma forma, houve alterações nos dias de circulação do jornal. No início da empresa, as edições eram impressas uma vez por semana. Ao longo do tempo, isso foi mudando e o jornal teve um período com circulação diária, de terça-feira a sábado. Atualmente, as edições impressas são nas terças, quintas e aos sábados, mas, pelo site e as redes sociais, as notícias são publicadas diariamente.

Histórico da circulação

  • Sextas-feiras: de 06.10.1972 a 27.09.1974
  • Sextas e quartas-feiras: de 02.10.1974 a 08.11.1985
  • Terças e sextas-feiras: 12.11.1985 a 05.10.2007
  • Terças, quintas e sábados: 09.10.2007 a 04.10. 2011
  • Terças-feiras a sábados (diário): 06.10.2011 a 31.03.2020
  • Terças, quintas e sábados: desde 02.04.2020

 

   

Onde funcionou a Folha do Mate

Ao longo dos seus 50 anos, a Folha do Mate teve sua sede em diferentes locais, mas sempre no Centro de Venâncio Aires. Como falamos no início deste texto, as atividades começaram em duas salas emprestadas pela Paróquia São Sebastião Mártir, em outubro de 1972. Lá foram produzidas as primeiras edições do jornal.

Pouco mais de dois anos depois, em 1º maio de 1975, o jornal se mudou para duas salas alugadas no prédio da família Kollet, na esquina das ruas Osvaldo Aranha e Reynaldo Schmaedecke, onde hoje fica o prédio da loja Eletro Armin. Nesse tempo, além dos fundadores, que se dividiam para fazer todo o trabalho, havia mais dois ou três funcionários.

  

Depois disso, a empresa se transferiu para outro prédio na rua Reynaldo Schmaedecke, em março de 1978. Esse prédio, alugado de Avelino Klein, e que mais tarde deu lugar ao prédio onde hoje é a Unimed, contava com quatro salas, o que representou um avanço significativo: havia uma recepção, uma sala de direção, uma para a reportagem e setor comercial e outra para a diagramação (montagem das páginas). “Éramos meia dúzia de pessoas, mas com uma imensa vontade de fazer cada edição melhor que a anterior”, relembra Sérgio Klafke. Ele, que ingressou na empresa em 1973, foi auxiliar de entregador, chefe de circulação do jornal, repórter, editor e atualmente é diretor de Conteúdo da empresa.

Em junho de 1983, aconteceu a quarta mudança de prédio: o jornal passou a funcionar no último piso do Centro Comercial da Matriz. Esse prédio fica localizado em frente à Praça da Matriz, na esquina das ruas General Osório e Tiradentes. Logo, passou a ser conhecido como “o prédio da Folha do Mate”. Já ouviu falar disso alguma vez?

Como o jornal foi crescendo e a equipe aumentando, aos poucos, a Folha do Mate foi ocupando mais andares do edifício, até que, em 1996, a empresa comprou o prédio. As atividades permaneceram no local até maio de 2011, quando a Folha do Mate inaugurou um novo prédio, construído na rua Visconde do Rio Branco, 600. Desde novembro de 2020, a Rádio Terra FM está instalada no mesmo endereço da Folha do Mate. A emissora, com 35 anos de história, pertence à Folha do Mate desde julho de 2018.

 

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Glossário

Datilografar: escrever o texto nas máquinas de escrever manuais. A datilografia é a técnica de digitar sem olhar muito para as teclas e com certa velocidade. Inclusive, cursos de datilografia eram comuns e eram diferenciais no currículo de muitos profissionais.

Manchete: título de uma notícia do jornal, escrito em letras em tamanho maior do que o texto.

Foto revelada: antes das câmeras fotográficas digitais, por meio das quais é possível conferir, na hora, como ficou a imagem, as câmeras analógicas antigas exigiam que a foto fosse "revelada" por meio de um processo químico. Assim, ela podia ser impressa. 

 

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